Resultado de apreensões internas feitas pela equipe de segurança da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires, 105 aparelhos de celular devem mudar radicalmente de finalidade. O que antes serviria muito provavelmente para fomentar ações criminosas e ilegais, agora vai garantir melhores condições de estudos a alunos da rede pública de ensino. É o projeto Alquimia, desenvolvido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e que tem parceria com cursos técnicos da PUC.
Na tarde desta segunda-feira, 14, o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, a assistente social da Peva, Débora Schonarth, e o chefe de segurança da casa prisional, Luciano Galvão, fizeram a entrega oficial dos aparelhos ao secretário da Educação, Emerson Elói Henrique, e a coordenadora pedagógica, Juliane Weiss Niedermayer. “Alquimia significa transformação. Essa é nossa ideia, direcionar esses aparelhos a crianças carentes para que façam um bom aproveitamento na sua própria educação. Um aparelho que estava destinado a favorecer a criminalidade agora pode prevenir crimes, justamente por beneficiar a educação”, disse o promotor.
O chefe de segurança da Peva, Luciano Galvão, destacou que os aparelhos foram recolhidos na penitenciária. “Os telefones são oriundos de arremessos interceptados e de vistorias gerais nas celas. Sabendo da possibilidade de fazer o emprego desses itens na educação, procuramos o promotor e a Secretaria de Educação para ver a possibilidade de colocar o projeto em prática aqui em Venâncio Aires. A ideia foi muito bem aceita e encaminhada”, destacou.
Repasse
O repasse para as escolas fica sob responsabilidade da Secretaria de Educação, a partir da demanda apresentada pelas equipes diretivas dos educandários, buscando contemplar os alunos sem acesso a estes instrumentos. Os telefones estão sem chip, devidamente restaurados e aptos para a utilização, oportunizando o acesso à internet e a aulas virtuais.