A diretoria do Centro de Cultura e Biblioteca Pública de Mellos, se reuniu no anfiteatro da entidade para assembleia geral, onde o assunto principal foi a troca do nome da instituição cultural, para João Gomes Mariante.
Conforme a presidente da entidade, Rovena Dettenborn, a alteração da razão social do Centro de Cultura teve como objetivo, homenagear seu idealizador. “Na verdade, tudo começou nos anos de 1980, quando João Gomes Mariante prometeu doar uma biblioteca à Comunidade Evangélica, foi dali que nasceu a semente do Centro de Cultura”, explicou Rovena. Ela lembrou que a primeira reunião, que serviu de pontapé inicial, aconteceu no dia 13 de outubro de 1990, durante uma reunião realizada na residência de Siegfried Walter Froemming, (em memória). “O esforço e determinação de João Gomes Mariante na busca de parcerias, para viabilizar o sonho do centro de Cultura, é louvável e digno de reconhecimento. Por isso, decidimos homenageá-lo com seu nome, o que todos acharam muito justo”, destacou a presidente Rovena Dettenborn.
Ela afirmou que em outubro, mês de aniversário do município e do Centro de Cultura, será realizado um evento de lançamento da placa em homenagem a João Gomes Mariante, oportunidade na qual, todas as entidades e pessoas que colaboraram com a construção, estão convidadas a participar. O prédio do Centro de Cultura abriga também a Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Turismo, através de um termo de comodato.
QUEM FOI JOÃO GOMES MARIANTE
Nascido em Porto Alegre, em 1918, publicou cerca de 40 artigos científicos e 200 conferências no Brasil e no exterior. É autor de três livros, sendo: OsTrês Ases de Trinta; Três no Divã e O lado Oculto do Presidente. Foi professor titular de cursos para graduados na Argentina, onde viveu muitos anos. Morou no Rio de Janeiro, então capital da República, onde atuou como jornalista e formou-se na Faculdade Fluminense de Medicina, em 1946. Era um profundo conhecedor do ser humano, na psicanálise e especializou-se em profilaxia do suicídio. As cinzas de João Gomes Mariante estão depositadas na localidade de Lomba Alta, interior de Vale Verde, em frente à Fazenda Santa Terezinha, da família de Dirceu Henckes.