ÁUDIO: Bope é acionado para detonação de artefato de avião encontrado em lavoura no interior de Venâncio Aires

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Brigada Militar de Porto Alegre foi acionado na noite desta segunda, 10, para realizar a detonação de um artefato denominado “flare” em Linha Harmonia da Costa, interior de Venâncio Aires. O material caiu de um avião e foi encontrado na propriedade de Volnei e Marli Silveira.

O Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires inicialmente foi acionado por volta das 22h15 desta segunda, 10, e com o apoio da Brigada Militar, foi conferir a chamada de um morador, onde foi encontrado o artefato (flare), que se desprendeu de uma aeronave e veio a cair na propriedade. Geralmente ele se desintegra no ar.

Para auxiliar na operação de detonação do artefato, o Bope de Porto Alegre foi chamado. Estiveram no local também a Brigada Militar e Samu.

Artefato foi localizado em uma lavoura em Linha Harmonia da Costa. (Foto: Volnei Silveira)

O que é um “flare”?

Os flares são um atributo bastante comum na aviação militar como medida de proteção a ataques.

Como a própria FAB descreve, “é um dispositivo de proteção da aeronave contra mísseis guiados por sensores infravermelhos. Esses sensores identificam os pontos quentes da aeronave, como a saída de ar do motor, guiando o míssil até o impacto. Na prática, o míssil passa a perseguir o flare, o qual livra a aeronave de ser abatida.”

Um flare passa por três estágios principais: ignição, liberação e atuação:

Ignição

A maioria dos flares deve ser mantida em um compartimento de armazenamento hermético antes da liberação. Conhecidos como flares pirofóricos, são feitos de materiais especiais que se inflamam quando entram em contato com o ar. Esse é um fator de segurança e conveniência, já que tentar acender um flare dentro da fuselagem e depois liberá-lo pode ser muito arriscado.

No entanto, também existem flares pirotécnicos ao invés de pirofóricos, que oferecem seus próprios benefícios de segurança ao exigir um método de ignição externa, de forma que um vazamento ou furo acidental no compartimento de armazenamento não resultaria em incêndio catastrófico a bordo da aeronave, como ocorreria com um flare pirofórico.

Liberação

Os flares são mais comumente liberados por gravidade a partir de um dispensador dentro da fuselagem da aeronave. Esses dispensadores podem ser programados pelo piloto ou pela equipe de terra para liberar os flares um de cada vez, em intervalos curtos ou intervalos longos, ou em grupos.

Os flares mais usados atualmente são da variedade pirofórica e, portanto, os dispensadores não precisam acender e liberar o flare ao mesmo tempo. No caso do uso do pirotécnico, à medida que ele cai do dispensador, um cordão retira automaticamente uma tampa que cobre sua extremidade. Uma superfície de fricção dentro da tampa se esfrega contra a extremidade do flare e o acende (semelhante a uma cabeça de fósforo na superfície de atrito da caixa de fósforo).

Atuação

Flares queimam a milhares de graus Celsius, o que é muito mais quente que o escapamento de um motor a jato. Os mísseis de infravermelho buscam a região mais quente, acreditando ser o pós-combustor ou o início do escape do motor.

Ouça o relato da proprietária do local onde o artefato foi localizado, Marli Silveira, ao programa Despertador na RVA:

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