A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco realizou na terça-feira, 8, a sua última reunião ordinária do ano, em Brasília, com a participação do prefeito de Venâncio Aires e representante da Associação de Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Jarbas da Rosa. Na ocasião, o grupo apresentou os números finais da safra 2021/2022 e definiu a criação de um grupo técnico de debate e preparação para a 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP), a ser realizada no Panamá, em 2023.
A presença do prefeito de Venâncio Aires foi destacada no encontro, como representante de um dos principais municípios produtores e exportadores do País. O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, apresentou os números de exportações em 2022, que teve incremento de aproximadamente 40% nos valores exportados e 21,28%, em toneladas, com relação ao mesmo período do ano anterior. “De janeiro até outubro, foram exportadas 455 mil toneladas, num montante de 1,8 bilhão de dólares. O faturamento para o produtor também teve uma variação de 43,98%, o que foi muito positivo não somente para o produtor, mas também para os Municípios e Estados”, complementou o prefeito Jarbas da Rosa.
O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, apresentou os números finais da safra em quantidades. Foram produzidas 560.181 toneladas pelos fumicultores sul-brasileiros, divididas em 512.594 toneladas na variedade Virgínia, 41.793 no Burley e 5.794 toneladas no Galpão Comum, ou seja, uma redução de 10,87%, comparado a safra passada. Em termos de área plantada, houve uma redução de 9,78%, ou seja, 273.317 hectares na 2020/2021 para 246.590 ha, na 2021/2022. O preço médio pago ao fumicultor, na variedade Virgínia, teve uma variação de 61,4%, passando de R$ 10,63 o quilo para R$ 17,16. Na variedade Burley, incremento de 60,1%, de R$ 9,96 para R$ 15,95.
Ao falar sobre a próxima Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (10ª COP), a Câmara se mostrou muito preocupada, especialmente frente a indefinição do próximo governo brasileiro, e encaminhou a criação de um grupo temático para acompanhar as pautas e iniciar a mobilização em defesa do setor. Com a aprovação do grupo, ficou definido Giuseppe Lobo como o coordenador e os integrantes serão definidos na primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco de 2023, marcada para 30 de março.
