Com foco no acolhimento e na escuta, Escola Leontina completa 68 anos

Localizada no bairro Santa Tecla, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Leontina completa 68 anos de atividades nesta quinta-feira, 7. Com uma história prestes a alcançar sete décadas, o educandário atende estudantes da área urbana e rural de Venâncio Aires, e foca no individualismo, com trabalhos de acolhimento e escuta, visando que o estudante se sinta bem no ambiente escolar.

O surgimento da instituição de ensino iniciou em 1929, quando foi fundada na entrada principal de Linha Sapé, com o nome de Escola Isolada de Santa Tecla. A primeira professora a lecionar no local foi Leontina Mendes, e ficou conhecida pelo trabalho baseado na realidade do aluno. Em 1952, a Prefeitura efetuou a doação de um terreno para a escola, e, 11 anos depois, em 1963, foi inaugurada a atual estrutura. O decreto de fundação foi emitido em 7 de março de 1956.

No novo espaço, o primeiro nome foi “Escolas Reunidas de Santa Tecla”, mas no ano 1967 passou a se chamar de Grupo Escolar Professora Leontina, que foi a primeira lecionadora da escola. Até 1999, a gestão da escola era municipal. Mas, a partir daí, a escola passou a ser administrada pela Secretaria Estadual de Educação, e recebia a denominação que carrega até os dias de hoje.

Perfil atual do educandário

A escola atende estudantes de bairros e da área rural, especialmente das localidades de Linha Sapé e Linha Arroio Grande. No total, são 134 estudantes. Destes, 71 integram turmas de anos iniciais e outros 63 estão inseridos nos anos finais. As atividades são divididas em dois turnos para suportar a capacidade e conformar com o horário dos professores. São 23 profissionais que atuam na escola.

Defasagem

Atualmente, o educandário conta com falta de profissionais na sala de recursos, especificamente no turno da manhã, e outro para liderar os trabalhos na biblioteca. Enquanto não há destinação de servidor para a área, a professora da área de linguagens, Gabriela Moraes, desenvolve o trabalho de organização. Já o trabalho de troca de livros é feito pela supervisão.

A diretora Liviele Lipke cita a falta de monitores escolares para atuarem com portadores de autismo. Conforme a responsável pela escola, ela tem percebido um aumento no número de casos nos últimos meses. “Esses profissionais são necessários para que eles possam se sentir mais acolhidos, tendo respeito, qualidade no ensino e segurança”, explica.

Um projeto de leitura também é realizado com todos os estudantes. Com uso de chromebooks, destinados pela Secretaria de Educação, os alunos dos anos iniciais utilizam as plataformas ‘Elefante Letrado’, e os demais, a ‘Árvore de Livros’, para horários de leitura, com cronograma definido pela escola. Em um dia reservado de cada semana, em cada turno, estudantes e funcionários pausam as atividades para 30 minutos de leitura.

Obras na estrutura física

Através do projeto Agiliza Educação, do Governo Estadual, o educandário recebeu recursos para revitalizações. Dessa forma, foram adquiridos televisores, com acesso à internet, para todas as salas de aula, além de reforma da quadra escolar.

Com recursos de R$ 100 mil, oriundos de emenda parlamentar da deputada estadual Kelly Moraes, foi possível reformar pisos e forro das salas, pinturas internas e externas, além de outros minuciosos reparos. O valor também foi destinado no conserto de equipamentos de informática.

“Acolhimento e escuta”

Em conversa com a reportagem, a vice-diretora e orientadora educacional, Letícia Maria Sperb, disse que a escola foca no acolhimento e no contato individual com cada estudante. “Sempre convidamos os alunos para falarem sobre seus desafios e dificuldades”.

Entre as ações realizadas, conforme explica a profissional, estão rodas de conversa. Por meio delas, é objetivado o desenvolvimento de habilidades de convivência. “Sentamos em círculos e é proibido julgar o que o outro estudante for dizer. Temos um objeto da palavra e somente quem estiver com ele é que vai falar”, explica.

O trabalho de atenção especial é desenvolvido, ainda, devido ao aumento no número de estudantes portadores de autismo no educandário. “Somos uma equipe unida e contamos com uma grande rede de apoio, para auxiliar da melhor forma cada estudante”, ressalta a profissional.

Diretora da EEEF Leontina, Liviele Lipke, e a vice-diretora, Letícia Maria Sperb. (Foto: Júnior Posselt / RVA)

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