COP10: Embaixador do Brasil no Panamá afirma que não há previsão de restrição da produção de tabaco

Diplomata preside a delegação oficial do Brasil durante a COP10 e afirmou em discurso no evento que o país está diminuindo a área plantada e buscando alternativas para o plantio

Por: Janine Nierdermeyer e Guilherme Siebeneichler / Olá Jornal

O embaixador do Brasil no Panamá, Carlos de Abreu e Silva, afirma que não há previsão de restrição à produção de tabaco. A afirmação ocorreu durante encontro com a comitiva brasileira no início da noite desta terça-feira, 06, e vem a explicar o seu pronunciamento durante a 10ª Conferência das Partes (COP10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). O discurso lido por ele destacou sobre diminuição em área plantada e busca pela substituição por outras alternativas agrícolas.

No encontro com parlamentares e o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini (Pode), ele afirmou que foi mal interpretado e que seu discurso tem origem nas reuniões da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq) – colegiado que discute no Brasil ações para colocar em práticas a convenção da Organização Mundial da Saúde. Segundo ele, o seu discurso abordou o fato da diminuição da demanda por tabaco estar provocando a diminuição da área plantada e que por isso o Brasil estaria buscando alternativas à produção.

Também esclareceu que não tem poder sobre o governo do Panamá para interferir em qualquer situação referente ao evento referindo-se ao credenciamento. Já a secretária da Conicq, Vera Luiza Costa e Silva declarou que o tratado é de saúde pública e não debate a diminuição da produção.

A comitiva formada por deputados federais e estaduais e representantes do setor contra argumentaram afirmando que a área de tabaco teve diminuição mas houve aumento de produtividade, logo, não houve diminuição de volume de tabaco. O grupo também cobrou três pontos principais: se há recomendação da delegação para aumentar a carga tributária no setor; o sentido formal da declaração acerca da área plantada e quais alternativas viáveis apresentadas pelas autoridades brasileiras; e qual o conteúdo da proposta de danos ambientais sobre o artigo 18, apresentada pela delegação oficial do Brasil.

Sobre o acesso negado à comitiva e aos jornalistas brasileiros, o grupo solicitou a justificativa formal por escrito dos motivos do impedimento. No documento entregue ao embaixador, consta também a solicitação do que será feito para reparar as restrições de liberdade de imprensa, expressão e exercício profissional dos correspondentes de mídia do Brasil.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

error: Recurso desabilitado