Município alerta para importância da vacina antitetânica

Depois de seis anos sem registrar óbitos por causa de tétano, Venâncio Aires registra dois casos recentes, conforme dados do Setor de Vigilância Epidemiológica. A primeira morte aconteceu em outubro, um morador do interior, com idade entre 40 e 49 anos e duas doses do imunizante não resistiu a contaminação. Já o segundo caso de morte, aconteceu na semana passada, de um morador da cidade com idade entre 50 e 59 anos, sem nenhuma dose de antitetânica. Ambos os óbitos, de acordo com dados do setor, são por tétano acidental, doenças imunopreveníveis por vacina antitetânica.

O tétano acidental é uma doença infecciosa aguda, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, bactéria encontrada na natureza sob a forma de esporo, podendo ser identificado na pele, na terra, em galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal e fezes, especialmente do cavalo e do homem, sem causar doença. A infecção por tétano acontece pela introdução desses esporos em solução de continuidade da pele e das mucosas, ferimentos superficiais profundos de qualquer natureza.

A partir destas duas mortes, de acordo com a enfermeira do setor, Carla Lili Muller, o município volta a manifestar a importância do esquema vacinal completo. “A vacina é a forma de prevenção mais recomendada para todos os adultos. Por isso, estamos intensificando o chamamento e o alerta à população para verificar sua situação vacinal. Todas as unidades de saúde do município com Sala de Vacinação têm disponíveis doses da vacina contra o tétano”, destaca Carla.


Sintomas

Clinicamente, a doença manifesta apresenta sintomas como: febre baixa ou ausente, hipertonia muscular, hiperreflexia profunda e espasmos ou contraturas paroxísticas, que se manifestam à estimulação do paciente, o paciente mantém-se consciente e lúcido. O imunizante que previne a infecção é a vacina pentavalente, aplicada nos bebês, que integra portanto, o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa vacina, de acordo com a enfermeira Carla Lili, oferece proteção também contra difteria, coqueluche, doença pelo Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.


Idades

“A vacina antitetânica é indicada para imunização ativa de crianças a partir de dois meses de idade, em esquema de três doses com pentavalente, com intervalo de 60 dias entre elas, indicando-se um reforço de 12 a 15 meses com a vacina difteria-tétano-coqueluche (DTC), também um segundo reforço, com esta mesma vacina, é preconizado aos quatro anos de idade. A partir dessa idade, aplica-se um reforço a cada 10 anos com dose adulta após a última dose”, explica Carla. O esquema inicial inclui aplicação de três doses com reforços subsequentes a cada 10 anos, ou se ocorrer algum ferimento neste período, poderá ser adiantada para cinco anos após a última dose do esquema inicial ou do último reforço.


Diagnóstico

Com relação ao diagnóstico da infeção, segundo a enfermeira Carla Lili Muller , é essencialmente através de exames clínico, não dependendo de confirmação laboratorial. Já a conduta profilática frente a ferimentos suspeitos, conforme a enfermeira, depende do tipo de ferimento e situação vacinal do paciente (história prévia de vacinação contra o tétano).

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