O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Promotoria de Justiça de Venâncio Aires, interpôs recurso em sentido estrito nesta quinta-feira, 25, contra decisão da 1ª Vara Judicial da Comarca de Venâncio Aires que indeferiu pedido de nova prisão preventiva do jogador de futebol William Cavalheiro Ribeiro, denunciado por agressão a um árbitro durante jogo realizado em outubro de 2021, em Venâncio Aires, pela Divisão de Acesso gaúcha. O réu, que por decisão da Justiça espera o julgamento em liberdade, envolveu-se recentemente em nova agressão.
Nas razões de recurso, o promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto fundamenta que “mesmo submetido a medidas cautelares pessoais e pronunciado por crime de natureza hedionda, o recorrido segue praticando novos casos de violência, simplesmente ignorando determinações judiciais e crendo usufruir de imunidade, em franca atitude de desrespeito e acinte à Administração da Justiça”.
O promotor reforça que a norma penal, porque aspira a conteúdo ético, visa, sob diferentes perspectivas, moldurar padrões de conduta e emendar comportamentos antissociais, intoleráveis perante dada comunidade. “Se a banalização da violência no meio futebolístico, lamentavelmente, é um dado da realidade, isso não significa que o sistema de controle formal institucionalizado deva permanecer indiferente a violações de direitos fundamentais”, explica.
William Cavalheiro Ribeiro vai responder por homicídio qualificado (motivo fútil) perante o tribunal do júri. O julgamento ainda não tem data para acontecer.
O crime
Em 4 de outubro de 2021, durante o segundo tempo da partida entre o Guarani de Venâncio Aires e São Paulo de Rio Grande, no Estádio Edmundo Feix, em Venâncio Aires, o jogador, foi advertido com cartão amarelo e reagiu derrubando o árbitro com um soco, seguido de um chute na região da nuca. A vítima desmaiou após a agressão e foi levada de ambulância para o hospital na cidade.
