O Conselho Tutelar de Venâncio Aires ainda percebe resultados da retomada das atividades escolares pós-pandemia. Desde o ano passado, o setor visualiza aumento no número de casos de crianças e adolescentes em risco social ou que tiveram direitos violados. Muito disso, deve-se ao fato de que na escola, educadores são melhor capacitadas para identificar problemas, sobretudo os casos de abuso sexual.
No primeiro semestre de 2022, o Conselho Tutelar da Capital do Chimarrão teve, no geral, 2.341 atendimentos, resultando em uma média de 390 registros por mês. São cerca de mil a mais em comparação com 2021. Além dos registros de violação sexual e abandono escolar, casos de ameaças, maus tratos, e buscas por informações e orientações, são frequentes no relatório de atendimentos do Conselho Tutelar.
Em entrevista à RVA, a vice-coordenadora do órgão, Aline Machado da Silva, evidenciou a importância dos professores para identificação de casos de violaência. “Nós temos uma parceria muito forte com as profes e diretoras. Elas são as primeiras a ouvir as crianças em situação de risco. Com a volta das aulas, percebemos que aumentou muito, antes eram 1.339 casos”, comentou.
Para oferecer melhores condições de atendimento, o Conselho Tutelar de Venâncio Aires está em novo endereço. Mais ampla e com diferentes salas, a estrutura atende uma demanda solicitada pelos próprios conselheiros. Agora, os suportes à comunidade são prestados na rua General Osório, 910, no Centro. Para atendimentos ou denúncias anônimas, também estão disponíveis os telefones (51) 2183-0741, de segunda a sexta-feira; e o (51) 99773-5097, que é plantão 24 horas.
