ÁUDIO: Polícia Civil indicia mulher por mortes de amiga e companheiro em Venâncio Aires

Suspeita, de 62 anos, é moradora da Vila Rica, em Venâncio Aires

Um caso rumoroso começou a chamar a atenção da Polícia Civil em abril de 2021, após o desaparecimento de uma mulher, moradora do interior de Mato Leitão. Em 27 de abril daquele ano, foi registrado o desaparecimento de uma mulher, 51 anos. Ela teria sido vista na região do “Beco do Laçaço”, na Vila Rica, e, três dias depois, o corpo foi encontrado dentro do Arroio Castelhano, no “Corredor dos Macacos”, em Linha Olavo Bilac.

Inicialmente, o caso era tratado como um suicídio. No entanto, alguns indícios chamaram a atenção da polícia, que passou a investigar o fato. No fechamento deste inquérito, foi apurado pela Polícia Civil, que a suspeita, moradora da Vila Rica e suposta amiga da vítima, tinha ministrado uma dosagem elevada de um medicamento à ela, o que teria ocasionado a morte. Posteriormente, o corpo foi desovado no arroio. No exame de necropsia, aponta justamente o uso do medicamento que levou a vítima à morte. Nas investigações, também ficou evidenciado que a suspeita comprou cápsulas vazias em uma farmácia no dia do desaparecimento da vítima. No relatório policial, consta que a suspeita tinha, com essas cápsulas vazias, a intenção de “mascarar” o medicamento que iria administrar à vítima, no caso, o “Diazepam”. Além disso, a investigação também apurou que a intenção da morte era para que a suspeita ficasse com um terreno, que havia sido negociado com a vítima anteriormente. Ela chegou a falsificar documentos.

Após a morte desta mulher, houve uma série de denúncias contra a suspeita, de que ela poderia ter participado de mortes de outras pessoas próximas, também por envenenamento e também com a intenção de ganho financeiro.

A Polícia Civil, então, abriu novas investigações para apurar a morte do companheiro da suspeita, ocorrida em 2018. O caso também foi tratado inicialmente como um suicídio. No entanto, mais uma vez, a Polícia Civil apurou que a mulher estava envolvida e também teria ministrado uma dose de medicamentos para causar a morte dele. No depoimento dela, à época, ela teria dito que o companheiro, que morava no interior, tinha ingerido veneno por conta própria e que ela encontrou ele passando mal. O exame de necropsia apontou no entanto, que além do veneno, havia no corpo do homem a mesma substância encontrada no da amiga, morta três anos depois.

A investigação também apurou que, dois meses antes da morte, o companheiro havia sido convencido a passar uma propriedade rural como doação para ela, herança dos pais.

Conforme o delegado Paulo César Schirmann, titular da Delegacia de Polícia de Venâncio Aires, a suspeita, de 62 anos, moradora da Vila Rica, que se diz cuidadora de idosos e enfermeira, foi indiciada por dois homicídios qualificados, mediante envenenamento. O inquérito foi remetido à justiça nesta sexta, 30. Se for denunciada, ela deverá enfrentar júri popular.

Acompanhe a fala do delegado Vinícius Lourenço de Assunção sobre o caso:

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