O crescente número de casos de tuberculose em Venâncio Aires começa a chamar atenção. A situação também se repete em diversas cidades do país. Conforme dados do Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi), em todo o ano passado, foram contabilizados 21 casos na Capital do Chimarrão, enquanto que apenas nos três primeiros meses de 2023, já são 19 registros no município.
Durante entrevista à RVA, a coordenadora do Cadi, Solange Sehn, destacou que diversos fatores deixam as pessoas suscetíveis à doença, que é transmitida por vias aéreas e afeta prioritariamente os pulmões. Segundo ela, a doença, que é transmissível de uma pessoa para outra, atinge quem mora na mesma residência, mas também pode ser transmitida em penitenciárias , por exemplo. “As pessoas que têm tuberculose em uma casa, toda a família vai ter que fazer testes e exames e, conforme o resultado, ela terá que fazer tratamento”, disse.
Solange Sehn cita ainda os sintomas, ressaltando que um dos sinais da doença é a tosse prolongada há mais de duas semanas. “É importante ficar alerta. Raramente ela tem sintomas, mas caso a pessoa tenha entre 15 e 20 dias de tosse, tanto seca ou produtiva, deve procurar um médico, pois isso não é normal. O exame é muito simples e fácil de fazer”, relata.
A tuberculose é uma doença que, caso não tratada, pode causar a morte do paciente. A coordenadora do Cadi ainda destacou que pessoas que realizam o tratamento para diminuir os impactos da tuberculose costumam faltar nos exames, o que aumenta a possibilidade de portadores transmitirem a doença. “A pessoa que fica um mês fora de tratamento já pode ficar bacilífero e continuar transmitindo a doença e muitas vezes o estado de saúde dele pode piorar e, inclusive, causar problemas futuros. Mas muitas pessoas não conseguem ter consciência”, complementa.
Em alguns pacientes, a tuberculose costuma ser silenciosa e não apresentar sintomas. O encaminhamento para o teste da doença pode ser realizado através de consultas médicas em unidades de saúde.
