Capitã da Brigada Militar pede apoio da comunidade na votação da Consulta Popular para construção de Centro de Acolhimento às vítimas de violência doméstica

Essa sexta-feira, 25, foi marcada pelo Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. A data tem como objetivo alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus-tratos contra as mulheres, que envolvem violência física, psicológica e o assédio sexual. Visando a passagem da data, a capitã da Brigada Militar, Michele da Silva Vargas, pede apoio da comunidade na votação da Consulta Popular para construção de Centro de Acolhimento às vítimas.

Em entrevista à RVA, a capitã destacou que mesmo com ações sendo realizadas diariamente, ainda faltam políticas públicas de proteção. “Falta muito ainda para o projeto sair do papel e termos um local para receber as mulheres violentadas, precisamos evoluir. Já passou da hora de Venâncio Aires ter uma delegacia especializada para mulheres. Agora, nós temos a Consulta Popular para criação do Centro Especializado. Precisamos votar, é muito importante a ajuda da comunidade”, destacou Michele Vargas.

Ainda, conforme a capitã, o local é de suma importância, afinal, grande parte dos casos das violações contra mulheres são registrados durante o final de semana. “A questão de violência doméstica e familiar é bastante ligada a causas como bebidas alcoólicas, uso entorpecentes e isso acontece mais no final de semana. As vezes não temos local para deixar essas mulheres. Pegamos casos de algumas que não são daqui. Temos um albergue, mas é mais para homens. Como vamos deixar elas lá. Apesar de estar em um quarto, protegida, ela estará cercada de homens. Isso é criar uma nova violência para elas. Inúmeras vezes estamos dependendo de familiares e amigos, mas nem sempre conseguimos”, explicou Michele Vargas.

A votação da Consulta Popular segue até o dia 30 de novembro, podendo ser realizada através do site (clique aqui). Para votar o cidadão precisa ser eleitor. O pedido é que a população de Venâncio Aires concentre os votos na cédula de votação 5, equivalente a construção de um Centro Regional de Acolhimento para Mulheres, na área de Direitos Humanos e Assistência Social.

Saiba mais:

Dados apresentados pela Patrulha Maria da Penha de Venâncio Aires, mostram que pelo menos um caso de violência é registrado por dia no município. Além disso, cerca de 900 mulheres que já passaram pela situação, são acompanhadas pela Brigada Militar. A partir destes números, que assustam a comunidade e o próprio policiamento, a corporação busca cada vez mais por ampliações nos atendimentos, dividindo as vítimas assistidas em pastas para os brigadianos realizarem visitas de forma constante a elas.

Na Capital do Chimarrão, denúncias que envolvem violência física, psicológica e o assédio sexual contra mulheres podem ser feitas, em qualquer horário, através do WhatsApp (51) 9 8414-9490. Além disso, em nível nacional, o país conta com um serviço de escuta e acolhida às vítimas em situação de violência. Através da Central de Atendimento à Mulher, no número 180, é registrado e encaminhado denúncias aos órgão competentes. O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso.

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