É celebrado nesta sexta-feira, 28, o Dia do Produtor de Tabaco. Em todo o país, são mais de 512 mil pessoas envolvidas com o cultivo do fumo. Na Região Sul, responsável pela produção de 98% do tabaco brasileiro, a data é comemorada desde 2013. Em Venâncio Aires, na safra 2021/22, foram contabilizadas 3.711 famílias que colheram 16.948 toneladas do produto.
Conforme o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, consolidando-se como o segundo maior produtor e exportador de tabaco há cerca de 30 anos, o Brasil deve continuar mantendo a qualidade e integridade do fumo. Segundo ele, também é necessário seguir trabalhando a sustentabilidade da cadeia produtiva e demais aspectos relacionados à sucessão rural.
Para o presidente do Sindicato Rural de Venâncio Aires, Ornélio Sausen, que também já foi produtor de tabaco, um dos principais desafios encontrados durante a safra atual, é a questão climática. “Essa é uma classe muito sofrida, como agora, está faltando chuva pro nosso fumo se abrir. Vai dar menos qualidade, talvez vai dar menos peso e isso tudo no fim do ano vai faltar no bolso do nosso produtor. Eu sempre digo que plantar fumo é uma empresa de céu aberto. A gente não sabe o que pode vir, se vai faltar chuva ou vir temporal”, destacou.
À reportagem da RVA, a produtora Fabiane Cristine Tornquist Staub, de 43 anos, que cultiva tabaco junto com seu marido, destacou que apesar das dificuldades, as novas tecnologias que surgiram facilitam a mão de obra do produtor de tabaco. “Tem que gostar do que faz. Se não gostar, não adianta investir. É sofrido. É um trabalho pesado, cada ano que passa é mais quente e tudo fica mais caro. Porém, também surgem mais tecnologias. No começo nem máquina de costura tinha, hoje em dia a gente tem até estufa de grampo. Ou seja, inventam coisas que melhoram o nosso trabalho”, comemora.
No Rio Grande do Sul, o Dia do Produtor de Tabaco foi instaurado no ano de 2013, através de lei de autoria do deputado Heitor Schuch. A data também é comemorada nos estados de Santa Catarina e Paraná.
