A safra de pinhão iniciou oficialmente no dia 1º de março neste ano no Rio Grande do Sul. Estimativa do escritório da Emater de Venâncio Aires, aponta que o município deverá comercializar 12,8 toneladas até o final da safra. A quantidade é semelhante a do ano passado, quando foram vendidas 13,3 toneladas. Em Venâncio Aires, são 45 produtores que comercializam o pinhão e a maior produção está concentrada na região serrana do município.
Durante entrevista à RVA, o chefe do escritório local da Emater, Vicente João Fin, destacou que a pinha está com um bom preço de comercialização. Segundo ele, os valores estão acima de R$10, mas em alguns locais, o quilo do produto está sendo comercializado a R$20. “Em Venâncio Aires, temos uma área de cerca de 25 hectares, onde são produzidos os pinhões, incluindo todas as plantas adultas, que são cerca de 4 mil. Mas não são todos que produzem, pois existem plantas fêmeas e macho”, relata.
Vicente João Fin ainda ressalta que o volume vem caindo nos últimos anos em decorrência das condições climáticas no momento da fecundação e no desenvolvimento das pinhas. “Em 2017 nós quase alcançamos 18 toneladas de pinhão comercializadas, mas depois tivemos o histórico de chuvas muito intensas na época da polinização e após, ainda teve problemas com a seca, que se repetiu durante diversos ciclos seguidos. Nesse sentido, tivemos uma redução bem significativa daquele ano até agora”, explicou.
O gerente do escritório local da Emater ainda ressalta a importância dos produtores ficarem atentos aos períodos que antecedem o início da temporada do pinhão. Segundo ele, o extrativismo intenso e prematuro prejudica a fauna e impacta na geração de novas araucárias. “É importante que o produtor faça a coleta a partir do momento que começou a debulhar. Isso significa que é um sinal que o pinhão estará mais pronto e também há a chance para que a fauna dissemine certa quantidade de sementes”, finaliza.
As variedades mais precoces estão na fase de debulha e as mais tardias em desenvolvimento da semente. A colheita e a venda se concentram entre abril e junho, mas no caso das variedades tardias, que podem seguir até setembro, o volume não chega a ser muito expressivo.
