Nos últimos dias, representantes dos produtores rurais se reuniram com a JTI para iniciar a negociação do preço do tabaco. A empresa foi a única que formalizou uma proposta até o momento. A reunião foi considerada produtiva, mas um acordo ainda não foi formalizado.
Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil, apuração em conjunto com produtores apontou o custo de produção da safra 2023/24 para 5,06% na variedade Virgínia e -1,77% no Burley. A proposta inicial da JTI era de manter o custo de produção, levando o percentual 5,06% para o Burley.
Já as entidades representativas dos produtores apresentaram contraproposta garantindo 5,06% mais cinco pontos percentuais. A JTI ainda refez sua proposta, oferecendo no Virgínia a variação do custo de produção de 5,06% mais 1,5 pontos percentuais pela sustentabilidade. Esse mesmo percentual seria repassado no Burley, o que representa 8,33 pontos percentuais acima da variação do custo de produção.
Presidente da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, explica que novos encontros serão realizados com todas as empresas fumageiras nos dias 15 e 16 de janeiro com o objetivo de alinhar os valores para a tabela de preços praticada na safra 2023/24.
A tabela considera o preço mínimo do tabaco pago ao produtor. Já o custo de produção é a média de gastos dos produtores de diversas regiões e varia para algumas empresas, de acordo com a localização, tendo em vista os valores dos insumos e mão de obra.
Expectativa pela safra
Marcílio Drescher explica que deve haver maior valorização do preço praticado na safra devido a diversas intempéries climáticas registradas ao longo do ano nas maiores regiões produtoras. “Menos é mais e o produtor já entendeu isso. A oferta de tabaco será bem menor e isso acarretará uma concorrência maior”, explica.
