Coordenadora do Cadi alerta para comportamento de pessoas expostas ao risco de contrair HIV

No Brasil, 190 mil pessoas que sabem ser portadoras do HIV/Aids ainda não iniciaram o tratamento.

No Brasil, 190 mil pessoas que sabem ser portadoras do HIV/Aids ainda não iniciaram o tratamento. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em novembro de 2023. Comparando os anos de 2020 e 2022, no Rio Grande do Sul, esse aumento no período foi de 3%, passando de 2.836 casos notificados para 2.920.

Durante participação na RVA, a coordenadora do Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (CADI), Solange Sehn, falou sobre o surgimento da AIDS e a evolução de suas proporções em homens e mulheres. “Essas infecções se desenvolveram em meados dos anos 80, com os homossexuais. Foram muitas mortes porque não havia tratamento. Depois foi evoluindo mais para o homem hétero e depois para a mulher”, pontuou Solange.

Já a psicóloga Zamara Silveira, relatou que antes, era utilizado o termo ‘grupo de riscos’, e que hoje o termo é adaptado para ‘comportamento de risco’: “Quando surgiu no Brasil, se falava muito sobre os grupos de riscos que eram os homossexuais masculinos e profissionais do sexo. Quem não estava nesses grupos achava que estava tranquilo e imune. Então hoje não se usa mais esse termo. A gente fala em comportamento de risco, que inclui todas as pessoas que tiveram alguma vez, relação sexual sem preservativo”, explicou.

Zamara ressaltou ainda que a doença abrange qualquer pessoa exposta. “O HIV e a AIDS não tem cara, não tem cor, não tem sexo. Temos um público muito abrangente ali no Cadi. São mulheres, homens, pessoas em relacionamentos estáveis, pessoas em relacionamento com vários parceiros. Então se fala em comportamento de risco para que pessoas que já tiveram relações sem preservativo busquem as unidades de saúde e o Cadi para fazer o teste.”

Solagem destacou que alguns anos atrás a maioria dos casos de contaminação de HIV eram relacionadas ao uso do compartilhamento de agulhas utilizadas com drogas injetáveis, e que hoje, essa contaminação não tem um padrão. A melhor forma de se prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis é utilizando preservativo.

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