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Confira unidades de saúde que abrem a partir desta segunda-feira em Venâncio Aires

A Administração Municipal de Venâncio Aires divulgou uma atualização em relação aos atendimentos da saúde a a partir desta segunda-feira, 6. Há postos que não poderão abrir, pois os funcionários sofreram danos pelas enchentes ou não conseguem se deslocar ao município.

CONFIRA ABAIXO UNIDADE QUE ABREM NESTA SEGUNDA-FEIRA:

  • Caps 1
  • Caps I
  • Caps 2
  • UBS Santa Emília
  • Palanque (sem médico)
  • ESF Macedo
  • UBS Gressler
  • ESF Gressler
  • UBS Tabalar
  • ESF Batisti
  • UBS Santa Tecla
  • ESF Coronel Brito
  • ESF CAIC
  • UBS Centro Linha Brasil
  • Central
  • Imunização
  • Farmácia.

Voluntário perde carro durante trabalhos de ajuda

O voluntário Sérgio Ziebell perdeu seu veículo Corolla durante os trabalhos de ajuda na região de Mariante. O homem relatou que é funcionário da Apiários Schroeder, localizada na Travessa Mariante, onde a enchente chegava. Na intenção de ajudar, na quara-feira, 1º, Ziebell estacionou o carro próximo à RSC-287, achando que a água não chegaria naquele ponto, e foi até o estabelecimento onde trabalha. “Meio-dia e pouco eu deixei o carro aqui nas taquareiras. Ninguém imaginava que ia chegar água aqui. Mas a correnteza acabou carregando o carro. Eu vim pra ajudar. Ninguém imaginava isso daí”, lamentou.

Solidariedade: Pavilhão São Sebastião Mártir é um dos centros de distribuição de doações

Com as enchentes do Rio Taquari que assolaram Venâncio Aires e demais municípios, muitas famílias perderam tudo o que tinham e buscam se reestabelecer com as minímas condições possíveis. O momento é de solidariedade e a comunidade venancio-airense está trabalhando em pról disso.

Um dos pontos centrais de recebimento de doações no município, é o Pavilhão São Sebastião Mártir, que tem recebido roupas, calçados, água potável, alimentos não perecíveis, entre outros. As orientações repassadas na manha deste domingo, 05, é de que quem puder levar suas doações diretamente até as pessoas que foram atingidas pelas enchentes, especialmente na parte baixa da cidade, que leve até elas produtos de limpeza e higiene pessoal e água potável. Entretando, os pavilhões seguem recebendo os produtos também.

Muitos voluntários estão trabalhando com a logística de separação dos donativos. Conforme o vereador Tiago Quintana, que está trabalhando de forma voluntária nos pavilhões, também foram destinadas doações para a parte Serrana do município onde haviam famílias sem água e alimento. “O momento é de união e dedicação total da comunidade de Venâncio. Ontem conseguiram chegar em uma localidade da serra do município onde haviam cerca de 30 famílias que estavam sem comida e sem água. E a comunidade que souber de famílias e localidades que estão sem comida e sem água, que nos passem essas informações”, destacou.

Quem quiser contribuir, os produtos de higiene pessoal, como escovas de dentes, creme dental, papel higiênico, absorventes, fraldas, toalhas de banho, também produtos de limpeza, como vassouras, pás, rodos, baldes e clóro.

Equipes estão trabalhando na destinação das doações, mas quem desejar pode ir até os pavilhões São Sebastião Mártir para buscar os itens que mais necessitam.

Foto: Brenda Daniela / RVA
Foto: Brenda Daniela / RVA

FOTOS: Por motivos de segurança, moradores de Vila Mariante devem evitar retornar para casas que ainda ficaram no local

São muitas as casas que acabaram sendo levadas pelas enchentes. Na região do distrito de Vila Mariante, em Venâncio Aires, o cenário é cada vez mais desolador. Na manhã deste domingo, 5, com a parada da chuva, famílias foram até o local. Diversas não encontraram mais as suas residências. As demais, devem esperar para retornarem às casas.

Não é orientado neste primeiro momento que os moradores voltem aos imóveis por motivos de segurança. As estruturas podem estar comprometidas. Muitas pessoas estão em abrigos e casas de amigos ou familiares.

Como se não bastasse, a situação se complica pelos relatos de furtos naquela região. Moradores querem retornar para tentar salvar o pouco que sobrou, antes que seus pertences sejam levados por ladrões que estariam agindo por lá.

Voluntários resgatam com vida mulher que passou mais de 48 horas com água dentro de casa

Com a diminuição do nível do rio Taquari, além da visualização dos grandes rastros de destruição, histórias de resgates emocionantes passam a ser contadas.

No final da tarde deste sábado, 5, voluntários de Venâncio Aires resgataram com vida uma mulher de 34 anos que estava em Cruzeiro do Sul.

Com informações iniciais sobre três corpos que estavam em uma casa na localidade de São Miguel, os barqueiros se deslocaram até o local. Três quilômetros antes, os voluntários se depararam com grande volume de lama, já que o nível do rio havia baixado.

Quando chegaram no ponto, começaram a entrar nas casas para localizar os possíveis corpos. Mas, foram surpreendidos com a voz de uma mulher nas proximidades. Na casa, com vida, estava uma mulher. Já os pais dela já estavam mortos.

Ela estava deitada em uma cama. Os voluntários foram até uma casa vizinha e localizaram um cobertor para aquecer ela. Foi acionado o resgate aéreo, que realizou no final do dia.

Os barqueiros também foram levados para Lajeado, por não terem como retornar a Venâncio Aires. Já os dois corpos, serão removidos ao longo deste domingo, dia 5.

“Tinha levado a motosserra pra cozinha, cortei o forro e aí ficamos lá em cima”, relata morador do Travessão Mariante

Os moradores ribeirinhos do Taquari começam a ter acesso aos locais onde moram e encontram cenas assustadoras. Além de muitas casas terem ido embora com a água, gado e lavouras foram arrastadas. As formas como as vítimas se salvaram também são comoventes. Um dos relatos, de Márcio Gabriel da Rosa, que disse estar com trauma. “Acordo cinco ou seis vezes de noite achando que estou dentro da água”, contou à reportagem.

Márcio Gabriel da Rosa ainda descreveu como pediu socorro e conseguiu se salvar, junto de familiares, na casa do pai, Manoel da Rosa, o Lelé, no Travessão Mariante, onde nunca havia entrado água: “nós ficamos até onde dava dentro da casa do meu pai. Quando eu me deparei com água na cintura, daí eu vi que não tinha mais o que fazer. Liguei para um vizinho socorrer nós, mas ele não tinha como sair, porque o barco dele afundou. Daí comecei a mandar mensagem para os meus amigos, para socorrer a gente de manhã cedo. Eu, meu pai, minha mãe, minha mulher, meu irmão e, na volta, meus vizinhos”.

O jovem ainda explicou que, ao pedir ajuda com 5% de bateria no celular, relatou em áudio quem eram todos os moradores que estavam na volta, para que também fossem salvos. “Eu tava com pouca bateria, então mandei um áudio bem grande declarando todos os moradores que tinha aqui pra baixo. Eu tinha levado a motosserra pra cozinha, cortei o forro e aí ficamos lá em cima. Parece que foi Deus que me cutucou pra levar a motosserra da garagem pra cozinha. Senão, eu não ia conseguir cortar. Foi a sorte nossa.

O morador ainda disse que, na casa do pai, faltou “um palmo” para que a água chegasse até o forro da casa. Assim, aguardaram o resgate durante a noite no telhado.

FOTOS: Cemitério da Picada Mariante também está destruído

A reportagem fez registros de diversos locais da região de Vila Mariante neste sábado, 4. Conforme a água do rio Taquari baixa, imagens desoladoras são apresentadas. Até o cemitério da Picada Mariante se mostra destruído, como indicam as imagens abaixo:

“É fantasma. Silêncio que é quebrado por um gato”, descreve morador de Mariante que perdeu tudo e ainda ajudou em resgates

O morador de Vila Mariante Rodrigo Silveira foi um dos que perdeu tudo com a enchente. Ainda assim, ajudou nos resgates e segue na região apoiando com barco. Em entrevista ao repórter Moacir Eisermann, Silveira deu um depoimento dizendo que a região parece “fantasma”.

Circulando por áreas onde é possível acessar agora, Rodrigo Silveira disse que poucas casas sobraram, sendo que a maioria foi levada embora. Ele descreveu a cena no Mariante: “o que chama atenção agora é a mortandade. Tem telhado de casa que tem dois, três cavalos mortos em cima. É vaca, boi, cachorro. É um cenário de guerra. Como se tivesse largado uma bomba e não sobrado ninguém. É fantasma. Tu entra lá dentro é um silêncio que, volta e meia, é quebrado por um cachorro ou um gato pendurado em uma árvore. É desolador”.

Apae de Venâncio Aires suspende atendimentos até 10 de maio

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Venâncio Aires também comunica a suspensão das aulas por conta dos transtornos causados pelas enchentes. Não haverá atendimentos até 10 de maio. Confira comunicado abaixo, divulgado pela diretora Grazieli Winkelmann:

“Em virtude dos acontecimentos dos últimos dias por causa do mau tempo, chuvas intensas e enchentes, as aulas da Escola de Educação Especial Venâncio Aires, mantida pela APAE, estão suspensas até o dia 10/05/24. Os atendimentos de saúde e assistência social estarão sendo oferecidos normalmente a todos que tiverem condições seguras de locomoção e deslocamento.

Aos municípios vizinhos atendidos pela APAE Venâncio Aires, cabe a cada um avaliar as condições e possibilidades de se deslocarem até a instituição. A APAE Venâncio Aires estará aberta e atenta aos canais de comunicação para todas as famílias que necessitarem, bem como, a equipe à disposição para atendimento, mas reforçamos o pedido de que cada um priorize sua segurança. Desde já, agradecemos pela compreensão de todos e desejamos que todos estejam e fiquem bem. Atenciosamente, Diretoria e Direção”.

Prefeitura começa mutirão de recolhimento de entulhos neste domingo

Neste domingo, 5, será iniciado um mutirão de recolhimentos de entulhos nas áreas atingidas na parte baixa da cidade, especialmente bairros União, Morsch, Loteamento Artus e Brígida. Serão dois caminhões garra e uma equipe da Prefeitura.

Para o trabalho, as equipes solicitam que se coloque o máximo de entulhos em frente às casas ao longo do dia de hoje. “Pedimos também que não deixem veículos estacionados nessas ruas para que os caminhões tenham acesso e as equipes possam realizar as atividades com tranquilidade e agilidade”, lembra a secretária do Meio Ambiente, Carin Gomes.

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