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Nuvem de gafanhotos pode chegar ao Rio Grande do Sul

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O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (SENASA), do governo da Argentina, publicou um alerta para uma província que faz fronteira com o Rio Grande do Sul sobre uma nuvem de gafanhotos que pode atingir as plantações. A nuvem é monitorada desde o dia 28 de maio.

O coordenador do programa nacional de gafanhotos do órgão, Héctor Medina, afirmou que a nuvem se moveu quase 100 quilômetros em um dia devido às altas temperaturas e ao vento. “As nuvens de gafanhotos podem atravessar comunas, vilas ou cidades, mas não causam danos diretos aos seres humanos. Eles podem causar danos a plantações e pastagens, mas não representam riscos para a população”, alertou o Senasa no perfil do Twitter.

Guarani projeta duas semanas de preparação para Divisão de Acesso

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O Guarani trabalha nos bastidores para retomada da Divisão de Acesso. Conforme o presidente Sérgio Batista, uma reunião próxima semana pode definir o modelo do campeonato. No momento, o contrato com jogadores está suspenso. Os clubes têm discordado porque alguns dirigentes defendem o reinício nos mesmos moldes e outros afirmam ser melhor realizar uma copa.

O Guarani busca controlar as despesas e planeja um período curto de preparação para a retomada da Divisão de Acesso. “A ideia é uma mini pré-temporada, mas bem curta. A gente não tem como trazer os atletas 30 dias antes do reinício do campeonato até porque a gente não sabe até quando vai essa pandemia e isso vai depender muito das bandeiras dos municípios. A ideia inicial do Guarani é, no máximo, duas semanas”, explicou.

Sérgio Batista explicou que as rescisões de contratos são alvo de estudo da Federação Gaúcha de Futebol. “O acordo é que os clubes da Divisão de Acesso, quando retornasse o campeonato, voltassem com o mesmo grupo de jogadores, com a possibilidade mudanças pontuais. A maioria do plantel teria que ser a mesma”, destacou.

Câmara cria prêmio Mérito Empresarial Odilo Paulo Wachholz

Entre os projetos que foram aprovados na sessão da Câmara de Vereadores Venâncio Aires nesta segunda-feira, 22, está um de autoria do vereador Tiago Quintana, do PDT, que institui o Prêmio Mérito Empresarial Odilo Paulo Wachholz”. A homenagem é feita na semana em que se completa um ano da morte do empresário, que morreu em 24 de junho de 2019 e foi um importante líder comunitário da Capital do Chimarrão.

O prêmio será conferido a empresas que tenham prestado relevantes serviços para o desenvolvimento empresarial do município. Serão agraciadas até duas empresas por ano, representadas por indicações da Câmara, durante o período de comemorações do aniversário do município e na Semana Municipal do Empreendedor.

Outras matérias

Outro projeto aprovado, de autoria da vereadora Ana Cláudia do Amaral Teixeira, do PDT, cria uma comissão especial para acompanhar a aplicação dos recursos vindos dos governos estadual e federal, que deverão ser utilizados exclusivamente em ações de combate ao coronavírus.

Entre as moções votadas, estão duas de apelo que serão encaminhadas à EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias), solicitando melhorias nas RSCs 453 e 287. Uma Moção é de autoria dos vereadores do MDB, Gilberto dos Santos e Izaura Landim, e apela para que seja realizado um estudo de viabilidade de instalação de tachões ao longo da pista e reforçada a pintura das sinalizações asfálticas na 287. A outra moção, do vereador André Puthin, também do MDB, pede que seja realizada instalação de tachões ao longo da pista na 453.

Período das comunicações

Já no período das comunicações, destaque para uma fala de Ciro Fernandes, do PDT, que fez críticas ao secretário municipal de Saúde Ramon Schwengber. O vereador teria ficado descontente com a reposta de um pedido de informações feito por ele. Segundo Fernandes, Schwengber teria utilizado a palavra “óbvio” em uma reposta, o que o vereador interpretou como um ato de “arrogância”. O parlamentar disse que vai dar “conselhos” ao secretário.

Energia Solar no Legislativo

Também durante as comunicações, a presidente da Câmara, Helena da Rosa, do MDB, anunciou que o prédio do Legislativo vai receber sistema de energia solar. Devem ser instaladas placas de energia fotovoltaica, visando à economia nas contas de energia elétrica.

Título de Cidadão de Venâncio Aires a deputados

Um outro assunto que foi levantado nesta segunda, mas ainda na reunião informal que os vereadores têm antes da sessão, foi sobre concessão do título de Cidadão de Venâncio Aires a deputados. Já tramitava na Câmara um projeto de Eduardo Kappel, do PL, para conceder a honraria ao deputado Giovane Cherini. Da mesma forma, Sandra Wagner e Adelânio Ruppenthal, do PSB, tinham expectativa de dar o título a Heitor Shuch.

O objetivo seria homenagear deputados que tem relação com o município e costumam encaminhar emendas. Alguns parlamentares, no entanto, entenderam que não seria conveniente considerar os deputados cidadãos de Venâncio, mas outras formas de homenagens poderiam ser concedidas. Com isso, foi sugerido que seja estudado um outro tipo de título que os vereadores poderão conceder a políticos.

Prefeitos pregam atenção total para Vale do Rio Pardo evitar bandeira vermelha na próxima semana

A Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) realizaram uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 22, para analisar a mudança da bandeira amarela para laranja na região. Participaram o presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Paulo Butzge, o presidente do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares, e a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), Mariluci Reis.

A partir desta terça-feira, o Vale do Rio Pardo passa a ser classificado como bandeira laranja, o que significa um risco alto de contaminação pelo coronavírus e o agravamento na ocupação hospitalar nos leitos comuns e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em virtude da Covid-19. Os gestores demonstraram preocupação com a situação, e a necessidade da região estar atenta para evitar o agravamento, e uma possível mudança para bandeira vermelha. 

“Sabemos que as dificuldades são muitas e os desafios são enormes. E precisamos contar com o apoio total da população. É nosso papel manter a população bem informada”, destacou Paulo Butzge. 

O presidente da Amvarp lembrou que o momento atual é de conscientização para que a situação não se agrave ainda mais. 

“Estamos essencialmente preocupados com a iminência ou a possibilidade de que, havendo algum tipo de agravamento, venhamos a passar para uma bandeira ainda pior. Se por um lado nós temos sim a questão da terrível pandemia, por outro lado temos a consequência, que é o agravamento econômico. Imaginem as consequências terríveis para o comércio, para a população, para cada um de nós. O comprometimento das pessoas é que fará a total diferença”, observou.

Para o presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares, todos os cidadãos, inclusive os de fora dos chamados “grupos de risco”, que inclui idosos e pessoas que possuem outras comorbidades, precisam se comprometer com a situação. Ele lembrou que ainda existem aglomerações nas cidades, e que os prefeitos da região têm de lidar com pedidos de flexibilização que, no momento, não são possíveis, como os eventos sociais ou esportivos.

O prefeito de Pantano Grande destacou também que, caso a situação se agrave ainda mais, e o Vale do Rio Pardo alcance uma bandeira vermelha ou preta, a população irá sentir os efeitos da pandemia de forma ainda mais grave, com restrições ainda maiores para o comércio e indústria. Ele citou a produção de fumo do Vale do Rio Pardo, que representa cerca de 60% do tabaco produzido no Sul do País. 

Apesar disso, o gestor lembra que o aumento com os cuidados pode gerar resultados positivos. “É importante que cada um faça a sua parte. Se cada um fizer seu dever de casa, nós temos grande chance inclusive de melhorar a nossa classificação, e passar para a bandeira amarela”.

Segundo o decreto do governo gaúcho, caso a região passe à bandeira vermelha, os estabelecimentos que vendem itens essenciais podem estar abertos, mantendo 50% dos trabalhadores. Os demais locais de comércio devem ficar fechados, assim como academias e igrejas, entre outras restrições. Na bandeira amarela, a restrição é de 75%.

Segundo a coordenadora da 13ª Coordenadora Regional de Saúde, o aumento nas internações por Covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi o que levou o Vale do Rio Pardo à bandeira laranja. Ela destacou que o número de casos da doença na região está aumentando, e que até às 13h30 desta segunda-feira, 22 de junho, haviam 418 casos confirmados de coronavírus no Vale do Rio Pardo.

Após questionado pela imprensa, o presidente da Amvarp, Paulo Butzge, ressaltou que a associação sempre trabalha em conjunto para elencar medidas contra o avanço da doença. Sobre possíveis medidas de fiscalização de aglomerações em vias públicas, Butzge afirmou que ainda esta semana a Amvarp irá fazer reuniões virtuais entre os gestores para tratar do assunto. 

Já o presidente do Cisvale frisou que os prefeitos são obrigados a seguir a Constituição, e a possibilidade de aplicações de multas para quem descumprir as regras é real, seja para o cidadão comum ou para os segmentos do comércio, indústria e serviços. 

A coordenadora da 13ª CRE, Mariluci Reis, aproveitou para ressaltar que a multa pode ser alta para quem descumprir as regras, mas que o momento é de compreensão da população: “A verdade é que a doença para uns é muito tranquila, mas pra outras pessoas que tenham comorbidades, talvez a ‘multa’ seja a vida”.

Os gestores finalizaram a “live” pedindo a colaboração de todos, ressaltando a importância do distanciamento social e do uso de equipamentos de proteção como máscaras e álcool em gel.

Receita abre hoje consulta a segundo lote de restituição do IR 2020

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A Receita Federal abre hoje (23), às 9h, consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2020. Mais de 3,3 milhões contribuintes receberão R$ 5,7 bilhões no lote de maior valor já registrado. O pagamento será dia 30 de junho.

Desse valor total, R$ 3,977 bilhões são para contribuintes com direito a prioridade no recebimento: 54.047 acima de 80 anos; 1.186.406 entre 60 e 79 anos; 89.068 pessoas com alguma deficiência física, mental ou doença grave; e 937.234 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Foram contemplados ainda mais de 1 milhão de contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 4 de março.

O pagamento será feito no dia 30 de junho, data de encerramento do período de entrega das declarações do IRPJ/2020. Neste ano, os lotes foram reduzidos de sete para cinco, com pagamento iniciando antes mesmo do fim do prazo de entrega. O primeiro lote foi pago em 29 de maio.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita Federal na internet. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones, que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com ele, será possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do Imposto de Renda Pessoa Física e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento, por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Países que tiveram sucesso contra covid-19 veem casos ressurgirem

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Muitos países que tiveram sucesso no enfrentamento do novo coronavírus estão testemunhando um aumento de casos devido a aglomerações religiosas, de lazer, ou em locais fechados, como clubes noturnos ou dormitórios, desde que relaxaram as restrições, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira (22).

A Coreia do Sul disse, pela primeira vez, que está às voltas com uma “segunda onda” de infecções nos arredores de Seul, provocada por surtos pequenos, mas persistentes, resultantes de um feriado comemorado em maio.

“Neste momento, há muitos países que tiveram sucesso em combater a transmissão, levando-a um nível baixo, e que agora estão começando a ver um aumento de casos”, disse Maria Van Kerkhove, epidemiologista e principal autoridade técnica da OMS para a pandemia, citando a Coreia do Sul como uma delas. Ela não chegou a falar em segunda onda.

“Qualquer oportunidade que o vírus tiver de se instalar, ele aproveitará”, disse ela, fazendo um apelo aos países para “darem tudo de si” a fim de isolar esses casos e evitar nova transmissão comunitária.

Mike Ryan, o principal especialista em emergências da OMS, disse que novos focos parecem ter surgido ligados a clubes, abrigos e parques de diversão na Coreia do Sul, mas que o número de casos em geral está “muito, muito estável ou até diminuindo”. Ele elogiou a abordagem de Seulno combate à pandemia.

“Meu entendimento é que a grande maioria dos casos que estão sendo detectados são ligados a focos existentes e reconhecidos e, sendo assim, as autoridades sul-coreanas ainda têm grande visibilidade de onde o vírus está e da dinâmica dentro da qual as cadeias estão transmitindo”, afirmou Ryan.

Fiocruz retoma projeto com mosquitos que combatem a dengue

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) retomou nesta segunda-feira (22) a liberação de mosquitos Aedes aegypti contaminados com a bactéria Wolbachia, que tem capacidade de impedir a transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. O programa foi interrompido há três meses, por causa da pandemia de covid-19.

A retomada da liberação começa pelos bairros de Ramos, Olaria e Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo o líder do Método Wolbachia no Brasil, Luciano Moreira, essas doenças, chamadas de arboviroses, não deixaram de circular no país durante a pandemia e, por isso, é importante retomar o projeto.

“Durante o período de suspensão das atividades de campo, nossas equipes mantiveram as ações para manutenção da colônia de Aedes aegypti com Wolbachia, respeitando as orientações de segurança e higiene das autoridades de saúde. Além disso, estamos trabalhando em inovações para assegurar que a liberação de mosquitos com Wolbachia, bem como seu monitoramento, possam ser realizados com segurança, diante deste cenário de pandemia”, disse o pesquisador da Fiocruz.

A liberação dos mosquitos será feita durante 16 semanas, mas o monitoramento da população de mosquitos infectadso com a bactéria permanece suspensa, já que exige a interação dos técnicos da pesquisa com os moradores e comerciantes voluntários que instalaram as armadilhas em suas residências ou lojas.

Método Wolbachia

O Método Wolbachia começou no Rio de Janeiro em 2015, com a liberação dos mosquitos contaminados em Tubiacanga, na Ilha do Governador, na zona norte da capital, e em Jurujuba, em Niterói, na região metropolitana. Em menos de dois anos, os pesquisadores constataram que a população de Aedes aegypti com Wolbachia nos locais estava em 90%. Em 2018, o projeto foi ampliado para 14 bairros da zona norte. com

Segundo a Fiocruz, a Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas não no mosquito Aedes aegypti. “Quando presente nesses mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para a redução destas doenças. Uma vez que os mosquitos com Wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração de mosquitos com Wolbachia.”

O trabalho da Fiocruz integra a iniciativa internacional World Mosquito Program (WMP), que opera atualmente em 12 países. Além do Brasil, fazem parte do projeto Austrália, Colômbia, México, Indonésia, Sri Lanka, Índia, Vietnã, Kiribati, Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia.

Em sessão, Senado debate adiamento das eleições

O epidemiologista David Uip afirmou hoje (22) que o adiamento das eleições em dois meses poderá salvar milhares de vidas. Uip participou da sessão de debates no Senado, dedicada a debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 18/2020, que trata do adiamento das eleições municipais, previstas, inicialmente, para 4 de outubro.

“Passados quatro meses, nada indica que estamos ultrapassando o pico da epidemia. Na verdade estamos diante do recorde de mortes, principalmente registrado nas últimas semanas”, ressaltou o epidemiologista. “Esse prazo de dois meses [de adiamento] evitará centenas, milhares de mortes. Essa epidemia é grave, atinge brutalmente 20% dos infectados”, disse Uip, completou.

O também epidemiologista Paulo Lotufo também participou da sessão. Na visão dele, considerada pelo próprio como “conservadora”, o ideal seria a realização do primeiro turno no final de novembro. Para Lotufo, manter as eleições na data original, 4 de outubro, seria “temerário”. “Eu considero a data de 4 de outubro temerária, eu não recomendaria fazer nessa data. Eu proporia que fosse ao final de novembro, dia 29, com segundo turno no dia 13 de dezembro”. Ele diz acreditar que em outubro a possibilidade de aumento de casos e mortes ainda será grande.

A PEC 18/2020 prevê o dia 6 de dezembro como nova data para o primeiro turno das eleições, mas o martelo ainda não está batido. O dia 15 de novembro, data sugerida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também surge como uma possibilidade viável. O relatório, marcado para ser votado no Senado amanhã (23), vai trazer a data final.

“O TSE propôs ao Congresso o adiamento dentro de uma janela que os médicos sugeriram ser entre 15 de novembro e 20 de dezembro. Essa será uma escolha política do Congresso”, disse o presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, que também esteve na sessão. A única certeza que parece existir no momento é a realização das eleições ainda neste ano. “O consenso que existe é pela não prorrogação de mandatos”, afirmou o magistrado.

Adiamento para 2021

Alguns senadores já se mostraram contrários à realização das eleições em 2020. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glaudemir Aroldi, também é voz dissonante. Para ele, as eleições não podem ser realizadas este ano. Ele lembra que o Brasil tem mais de 1,3 mil prefeitos acima de 60 anos, faixa etária considerada de risco.

Além disso, segundo ele, 1.040 prefeitos nessa faixa etária podem concorrer à reeleição e podem ser prejudicados, uma vez que ficariam mais vulneráveis ao sair na rua para fazer campanha, dentre outros compromissos políticos. “Como poderão esses gestores exercer o seu direito constitucional à reeleição, se eles estarão colocando em risco a própria vida?”.

Barroso esclareceu que há um problema constitucional nessa prorrogação de mandatos, uma vez que a periodicidade dos mandatos é uma cláusula pétrea da Constituição, ou seja, não pode ser alterada. De acordo com o presidente do TSE, as eleições só aconteceriam no ano que vem se a situação sanitária chegasse a tal ponto que inviabilizasse completamente o pleito este ano.

“O grande problema é de natureza democrática. Do ponto de vista constitucional, a prorrogação é inviável, indesejável, mesmo com [uma proposta de] emenda à Constituição. A única possibilidade de se prorrogarem mandatos é se chegarmos ao final de dezembro e as autoridades médicas nos digam ‘isto é dramático do ponto de vista de saúde pública’. E aí, diante da emergência, a gente delibera com a emergência”.

Data flexível em alguns municípios

Na avaliação do infectologista David Uip, o pico da pandemia no Brasil ainda não chegou, ainda que alguns estados já tenham apresentado reduções nas taxas de contágio. “Regionalmente, os estados do Norte e Nordeste já avançaram [no combate ao vírus]. Em contrapartida nos estados do Centro-Oeste e Sul está aumentando”, disse. “As suas capitais do Sudeste, provavelmente, já atingiram o pico. Mas, neste momento, vivemos a interiorização, extremamente preocupante”.

Barroso sugeriu a possibilidade de flexibilizar a data de realização do pleito em alguns municípios por algumas semanas, caso os estudos ainda mostrem risco pontual de contágio na nova data firmada pelo Congresso. “Pode acontecer em algumas partes do Brasil que em 15 de novembro, por exemplo, ainda seja recomendável o adiamento por algumas semanas”, ponderou.

O relator da PEC, senador Weverton Rocha (PDT-MA), só fechará seu relatório após as considerações da sessão de hoje. Ele acrescentou que as únicas mudanças que estarão na PEC dirão respeito à situação sanitária emergencial, em virtude da covid-19. Weverton, inclusive, negou um pedido do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre, de incluir um dispositivo para trocar permanentemente a data da posse do dia 1º para 2 de janeiro.

“Tudo que for assunto de direito eleitoral, lei eleitoral e reforma política vamos tratar no momento oportuno. O relatório atual será única e exclusivamente para este momento que a nossa história está vivendo”.

Projeto que prevê antecipação de férias para professores de Emeis é novamente retirado de pauta na Câmara

Estava previsto para ir à votação na sessão desta segunda-feira, 22, na Câmara de Vereadores, projeto que prevê a antecipação das férias para professores. Essa matéria já tinha sido retirada da Ordem do Dia na semana passada e nesta segunda, novamente, não foi votada.

Antes do início da sessão ordinária, em reunião informal, a secretária Municipal de Educação, Alice Theis, mais uma vez, esteve na Casa, detalhando o projeto aos vereadores. Professores municipais de escolas infantis, que estão atuando de forma remota, também foram até o plenário, demonstrar que não desejam tirar férias agora, para não paralisar as atividades a distância iniciadas recentemente com os alunos.

O que acontece é que as férias, que normalmente ocorrem em janeiro e fevereiro, seriam antecipadas aos professores para esses meses de pandemia, quando não estão ocorrendo aulas nas escolas. A medida valeria, especialmente, para funcionários das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), que não estão desenvolvendo atividades a distância para as crianças.

No entanto, há professores que dão aulas de pré nas Emeis, alegam que estão em home office, pois desenvolvem as atividades e encaminham às famílias. Alguns desses não querem tirar férias agora, pois gostariam de seguir realizando as aulas remotas, que iniciaram no mês passado. Segundo uma professora que entrou em contato com a reportagem, mas não quis se identificar, isso poderia prejudicar os alunos, que há pouco tempo vêm recebendo aulas a distância e ainda se acostumam com isso.

São duas situações diferentes: os professores que cuidam de crianças nas Emeis e que não estão em atividade presencial agora; e os professores que dão aulas às turmas de pré-escola das Emeis, que estão realizando aulas em casa de forma remota. Todos esses tirariam férias agora, se o projeto fosse aprovado.

Durante a sessão, antes mesmo de ser votado, o projeto acabou sendo retirado pelo líder de Governo na Câmara, Adelânio Ruppenthal, do PSB, já prevendo uma possível reprovação. Duas emendas que estavam previstas, também foram retiradas.

Segue a indefinição com relação a essa pauta. O Executivo busca antecipar as férias dos professores de Educação Infantil, mas o projeto não é votado no Legislativo. Agora, a matéria deve ser readequada e poderá voltar à Câmara para votação. Enquanto isso, os professores seguem sem ter férias antecipadas.

Estádio Edmundo Feix pode receber sessões de cinema drive-in

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O Estádio Edmundo Feix pode receber sessões de cinema no estilo drive-in. Encabeçada pelo Guarani, a ação é avaliada pela diretoria e surge com uma fonte de receita durante a pandemia de coronavírus. Conforme o presidente Sérgio Batista, as telas serão testadas no próximo fim de semana.

Os recursos obtidos com a realização das sessões seriam destinados para o pagamento das despesas. “A gente deve fazer alguns testes para ver qual é o melhor porque existem algumas opções. Existe a opção do Sesc e o telão próprio de cinema, mas tudo depende de custos”, disse.

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