As escolas estaduais Cônego Albino Juchem (CAJ) e Monte das Tabocas receberam uma equipe de multiplicadores da equipe do programa ‘Papo de Responsa’. A ação é uma iniciativa de prevenção da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, que tem como objetivo a interlocução com adolescentes e jovens. O principal espaço de atuação é junto aos educandários de ensino fundamental e médio, públicos ou privados, na promoção de um diálogo descontraído sobre prevenção às drogas, violência, bullying, suicídio, escolhas de vida e papel do policial na sociedade. Além do Rio Grande do Sul, os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro também desempenham o programa.
Realizado pelos policiais da 16ª Região Policial de Santa Cruz do Sul, o ‘Papo de Responsa’ foi apresentado a Venâncio Aires pela primeira vez no início deste mês. Durante o bate-papo com os alunos dos dois educandários estaduais da Capital do Chimarrão, foram trabalhados de forma espontânea temas que influenciam na boa formação de um cidadão, baseando-se nas legislações penais e no Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA), deixando-os cientes de todos os seus direitos e deveres diante da sociedade. Além disso, os estudantes tiveram a oportunidade de fazer questionamentos sobre os assuntos.
A solicitação da presença do ‘Papo de Responsa’ nos educandários de Venâncio foi feita pela professora Deise Kipper. Em entrevista à reportagem, a profissional destacou que o momento foi bastante produtivo, com retorno positivo dos alunos. “Tiramos muito proveito, tanto eu, quanto meus colegas e os alunos. Achei necessário trazer o assunto às escolas que eu trabalho, para mostrar também aos meus alunos os limites, mostrando o que eles podem ou não fazer. A gente fala isso em sala de aula, mas achei importante trazer o pessoal de fora, principalmente os policiais, que têm domínio sobre as leis e conhecimentos específicos sobre o assunto”, ressaltou Deise.
Ainda, durante o encontro, os multiplicadores do ‘Papo de Responsa’, dão ênfase à importância de não se ter antecedentes criminais. “Vale lembrar que esse ‘não vai dar nada’ pode implicar o futuro do jovem que cometeu um crime. Ele pode ser barrado em concursos públicos. Hoje empresas privadas já pedem a ficha de bons antecedentes. Muitas vezes nas escolas, eles não têm muita noção. Indo nas escolas a gente consegue conscientizar os jovens”, destacou o comissário de Polícia Civil e também multiplicador do programa, Flávio Schunke, durante entrevista à reportagem.
Qualquer escola, seja pública ou particular, pode solicitar a ida do grupo até o educandário. A solicitação pode ser feita através de um formulário disponível no site do projeto (clique aqui). Os pedidos são enviados à central de Porto Alegre, onde é realizada a distribuição para as regiões. Ao chegar até o grupo responsável pelo município, a equipe entra em contato com a escola para programar a visita. A 16ª Região Policial de Santa Cruz do Sul abrange de Estrela Velha a Encruzilhada do Sul e Candelária a Mato Leitão, e, por compreender muitos municípios, pode haver demora no retorno.